sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

SPFW 5° e 6° dia



No 5° dai do SPFW desfilaram: Do Estilista, Ana Salazar, FH, Jefferson Kuling e Lino Villaventura.

A Do Estilista, Desta vez desistiu do masculino, pelo menos na passarela, e resolveu focar só nas suas mulheres retrô. Sommer aposta nos vestidos chemise coloridos, nos tomara que caia florais, na mistura de estampas com os pois transparentes e xadrezes, nos babados  e laçarotes, rendas e cetins, usados com coturnôes pesados. Nem tudo é absolutamente fora da caixinha - a saia longa está por aí e até as peças mais masculinas, em veludo cotelê, entram na onda da androginia corrente.



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Ana Salazar, O utilitário da última temporada deu lugar ao trabalho com couros e paetês, junto de casacos à la trench coats em uma coleção inspirada nas florestas portuguesas e nos pássaros que gorjeiam por lá. Os animais justificam o styling de cabeças cobertas e leggings brilhosas, mais as estampas naturalistas em seda.


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O inverno da FH foi batizado de N.A.D.A, a coleção partiu da imagem de Catherine Deneuve, em A Bela da Tarde.
 Nessa reflexão sobre o vazio, ele optou em trabalhar com apenas três cores - preto, branco e bege - couro e georgete de seda. Se o "nada" para muitos pode remeter ao minimalismo. Aplicações de cristais e peles ornavam vestidos em A, saias midi e camisas. Os longos, com golinha branca, eram quase uniformes de colégio interno que se opunham aos looks curtos e transparentes - talvez um jogo com a vida dupla de Séverine, personagem da atriz francesa.


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Jefferson Kulig deu continuidade ao trabalho feito no verão com algumas alterações pontuais: saiu a brasilidade das araras e a bandeira nacional e vieram o punk e estampas de girafa, zebra e gato; no lugar da tela, couro recortado a laser e com aplicação de tachas; e preto, marrom e uns poucos detalhes em azul substituíram o amarelo, laranja e verde.


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 Espetacular é a melhor definição para o trabalho de Lino Villaventura. 
A primeira entrada, um grande mantô/casulo preto e branco fazia prever uma coleção dramática embora tivesse sido seguido de dois vestidinhos brancos e singelos. O drama, no entanto, não tardou e foi se exibindo sem pudor nos vestidos curtos de coquetel em jérsei retorcido e plissado, nos muitos modelos em efeitos de couro, nos veludos pespontados até chegar ao auge do luxo barroco com os longos feitos em veludo estampado, rebordado sempre acompanhados de um manto em tafetá multicolorido.


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E no 6° e ultimo dia deste SPFW desfilaram: Gloria Coelho, João Pimenta, Alexandre Herchcovitch (masculino.), Fernanda Yamamoto, André Lima, Cavalera.

Gloria Coelho apostou em 
figuras robóticas, os recortes, as linhas retas que vimos lembra a turma daquele famoso game do final dos anos 1990. Para acompanhar esse pessoal, Gloria trouxe também algumas ideias do MotoCross, das linhas dos anos 1960 e muitos dos modelos favoritos de seu acervo.
Calças e túnicas retas, casaquinhos curtos  e saias arredondadas, jumpers sobre blusas de gola alta além de muitos vestidos curtos de veludo enfeitados por debruns  de couro constituíam essa bela coleção. Astracan, verniz , lâminas de gaze coloridas,  além de lãs, tafetás,  couros e muitos babados fecham esse inverno ainda mais brilhante por conta das enormes pedras de cristal Swarovski que enfeitavam as peças finais. 

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João Pimenta continua com seu estudo de nova silhueta, propondo uma mescla do feminino no masculino. Desta vez, o trapézio (a famosa silhueta em 'A') comanda sua cabeça. O resultado é uma boa série de alfaiataria em lã e veludo, com casacos e blazers, coletes desabotoados e túnicas compridas. O trapézio também alarga as mangas e as calças, recolhendo e melhorando as afamadas bocas-de-sino. Sempre usadas com coturnos pesados, abertos no calcanhar e biqueira acentuada.

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O apocalypso invernal de Herchcovitch rendeu uma imagem calcada em uniformes de proteção e sobreposições, para o bem-estar de um boy atômico e platônico. A inspiração do futuro rasgado também serve como desculpa para que ele entre na onda da mistura de materiais (corrente nesta temporada), com artificiais (tyveks, telfons e náilons) recortados a cashmeres, lãs e astracã etc. Sempre em cores sóbrias - pretos e cinzas - pontuado por um bonito camelo e laminados brilhantes, que não devem passar da passarela para o cliente final.

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o mérito do trabalho de Fernanda Yamamoto nesta coleção está mais nos quesitos textura e mistura de materiais do que na modelagem. Partindo de círculos, a estilista desenhou peças amplas que caíam de forma solta no corpo. É feminino, mas muito próximo da silhueta nipônica com seus quimonos, mangas japonesas, calças largas e curtas. 

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A coleção de inverno de André Lima teve algumas pitadas e ousadia e alguns deslizes, como os laçarotes enorme e espalhafatosos. Apesar disso, o estilista fez uma bela apresentação, deixando sempre a marca da sua personalidade fashion, com peças femininas e algumas estampas.(comentario de manu mota.)
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A cavalera encerrou o SPFW ocupando a passarela de entrada e colocando seu casting para trotar na água parada do espelho que ladeava o cenário. Daí veio uma mescla de roupas de um inverno que está mais para chuva de verão. Comprimentos encurtados nas leggings, vestidos e jeans, bermudas e casaquetos, usados com ótimos sneakers e botinhas de salto vírgula. Tudo bem escuro e urbano, como o público gosta. Concessão invernal de verdade: mantôs e pelerines de tricô pesado, que o bom senso manda não levar para baixo da chuva.

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se quiserem ver mais acessem: http://chic.ig.com.br

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